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Desfralde: aprenda a respeitar o tempo da criança

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Esse tem sido um tema bem presente por aqui. Estou confiante que em breve me livrarei definitivamente das fraldas descartáveis. Enquanto isso não acontece, tenho lido bem sobre o tema. Não tenho pressionado Rebeca para passar de vez para o peniquinho ou sanitário. Tenho procurado ver seus sinais, perceber que está no tempo dela. Como fico mais tempo com ela à tarde e à noite esse é o período que deixo que ela fique só de calcinha (à exceção da hora do sono, né?!).

Mas lendo esse texto da Sociedade de Pediatria de São Paulo decidi compartilhar com vocês que também estão nesse processo. Espero que gostem.

“O desfralde é uma importante fase na vida da criança e dos pais; por isso, é essencial que se respeite o tempo individual para que seja um período livre de traumas. É um dos primeiros passos rumo à autonomia, além de um momento de descobertas – tanto de suas capacidades, como do seu próprio corpo.

A identificação da hora certa para começar o desfralde ocorre a partir da observação dos sinais emitidos pelos mais novos. “Acontece quando o pequeno apresenta bom desenvolvimento neurológico, já anda, fala e tem o corpo mais firme. O sinal mais característico que os pais devem prestar atenção é quando começa a anunciar que irá fazer xixi e cocô”, informa a pediatra Ana Cristina Zollner, membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP).

Erros mais comuns
Um dos mais frequentes equívocos é antecipar o processo. “Preocupa-nos muito o fato de algumas escolas apenas aceitarem crianças que não usam mais fraldas. Desta forma, muitos pais adiantam esse momento, desrespeitando a natureza individual e, em certos casos, traumatizando. Isso pode acarretar no descontrole da evacuação, além da prisão de ventre e retenção urinária”, explica a Dra Ana.

Outra atitude que deve ser evitada é a agressividade e repreensão com os escapes. É normal que durante o desfralde a criança faça xixi na calça; nessas situações, os pais devem manter a calma e não criticar os filhos, alegando que é normal da transição e que os outros dias serão melhores. Assim, a autoconfiança deles não é afetada, colocando em risco todo o processo.

A comparação com os irmãos também não deve acontecer, já que pode aumentar a insegurança e trazer o sentimento de frustração. Os conselhos de familiares e amigos também são questionáveis – os pais precisam observar o comportamento dos filhos, independente das dicas de idade certas, por exemplo.

Dicas da pediatra
Apesar de o redutor de assento ser mais prático, a melhor opção é o próprio penico. Isso porque deixa a criança mais à vontade, em um ambiente próprio, bem como segura, já que as pernas não estão soltas e não há o risco de queda. “Quando estão no vaso sanitário comum, naturalmente há o medo de cair dentro, uma vez que o tamanho é completamente desproporcional”, destaca a Dra Ana.

Na época do desfralde o melhor é não usar roupas difíceis de a própria criança tirar, como macacões e cintos – isso facilitará na hora de ir ao banheiro e evitará ‘acidentes’. As fraldas noturnas são retiradas gradativamente, conforme o desenvolvimento individual.

A diversão deve ser explorada para tornar todo o processo mais rápido, fácil e prazeroso. Tudo pode ser usado: dar tchau para cocô, cantar musiquinhas e brincar com alguns bonecos enquanto faz xixi. Também é sempre bom incentivar e comemorar quando o filho consegue fazer certo, assim ele terá motivação para a próxima vez.

“É sempre bom lembrar aos pais, assim como a todos que estão em volta, que o amor e o respeito devem ser preservados nesse momento. Deixar de a fralda é uma grande conquista para a criança e representa uma importante transição. Entretanto, só será correto e sem prejuízos psicológicos quando a natureza do indivíduo for reconhecida e ouvida. Dê tempo ao tempo, não apresse as coisas e faça o seu filho se sentir acolhido, mesmo nos momentos em que faz xixi ou cocô na calça. A natureza é muito sábia e o carinho é essencial”, conclui a pediatra Ana Cristina Zollner.”

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Beijos

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Fonte: Sociedade de Pediatria de São Paulo

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