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Pilates: benefícios durante e depois da gravidez

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Ao contrário do que algumas pessoas possam imaginar, durante a gravidez é extremamente benéfico que a futura mamãe pratique atividade física. Os benefícios para a sua saúde e, consequentemente, do bebê são muitos. Claro que todo e qualquer tipo de exercício deve ser feito somente com a autorização do obstetra, mediante o acompanhamento da gestação. O Pilates tem sido um tipo de atividade física praticada por algumas gravidinhas.

O Conversinha de Mãe entrevistou a fisioterapeuta Amanda Andrade, do Studio A Fisioterapia, para trazer para vocês um pouco mais sobre os benefícios da atividade durante a gestação, como ela é praticada, entre outros pontos.

Amanda conta que, a princípio, qualquer grávida pode fazer Pilates. Basta que já esteja no quarto mês completo de gestação e com o pré-natal em dia. A restrição à prática no primeiro trimestre da gravidez acontece porque nesse período o tubo neural do bebê ainda está em desenvolvimento. Então, por precaução, deve-se evitar qualquer tipo de atividade que possa causar algum trauma físico para a mãe. “Não é que as atividades em geral estejam descartadas no primeiro trimestre; é mais por precaução, para que nenhuma intercorrência aconteça”, esclarece.

A fisioterapeuta ressalta a importância do encaminhamento do obstetra para a prática do Pilates. “Ele é o profissional que está acompanhando essa mulher desde o início e vai saber das limitações e competências físicas da paciente”, disse. Dessa forma, ressalta a fisioterapeuta, a gestante já chega para o Pilates mais direcionada e o profissional que vai acompanhá-la na atividade já saberá como ela está, fisicamente e fisiologicamente, para executar os exercícios.
Pilates: um tempo para a mamãe cuidar de si
Benefícios
A lista de benefícios para a gestante que pratica Pilates é extensa, mas o primeiro destacado por Amanda é a mulher estar tirando um tempo para cuidar de si mesma. “Esse é um momento de mudança que a mãe está vivendo e concentra todas as atenções a seu corpo”, observa, ressaltando que isso não é inerente apenas ao Pilates. No entanto, no caso dessa atividade, há todo um trabalho específico feito na estrutura muscular e articular do corpo dessa mulher, ajudando-o a se preparar para receber o bebê, fortalecendo a musculatura para o momento do parto, tanto do períneo quanto do abdome, ajudando para a hora do parto.

“Tudo isso a gente vai trabalhar de uma forma a fortalecer e manter a estrutura, os músculos ativos para sustentar toda estrutura corporal que está em mudança, a chegada do bebe e o peso que a mãe está recebendo durante os nove meses da gravidez”, destaca a fisioterapeuta. E esse período de gestação, a gente que já passou por isso, sabe o quanto de mudanças que traz e com elas as dores e os desconfortos que vão aparecendo. “E o Pilates está aí para ajudar em cada mudança”, disse Amanda.

Segundo a fisioterapeuta, um dos pontos positivos do Pilates para isso é ajudar na flexibilidade, para melhorar os desconfortos, como lombalgia, que geralmente aparecem, dor na região pubiana, ajudando no momento do parto, as dores de quadril que acometem a articulação do fêmur com o quadril e às vezes elas causam desconforto. “Mas os alongamentos e fortalecimento que a gente faz dentro do Pilates vai ajudar absurdamente a mãe”, revelou, acrescentando que pode ser que a futura mamãe sinta dor, mas bem menor caso não tivesse executando nenhuma atividade em prol da estabilidade do corpo. “A gente tenta reduzir. Eliminar o desconforto e tirar a dor a gente não contabiliza dessa forma, porque o corpo da mãe está em mudança o tempo inteiro. A gente não garante a eliminação total da dor, mas dá um belo alívio, um conforto”, ressalta.

Os exercícios
Devido à forma como são executadas as atividades voltadas para a paciente gestante, a prática do Pilates ajuda muito a preparar o corpo para hora do parto. E, nesses exercícios, muito agachamento. Embora muitas alunas achem que é uma contraindicação absoluta, não é, observa a fisioterapeuta. “Se mantendo o pré-natal em dia e a gestação tranquila, ela vai agachar, trabalhar o abdome no Pilates”, disse, ressaltando que a gestante pode e deve fazer esse tipo de exercício, mas tem que saber em qual momento da gestação e de que forma vai ser trabalhado o abdome no Pilates.

Amanda acrescenta que o fortalecimento do abdome, assim como da musculatura interna da coxa, porque também contribui na hora do parto. E toda essa atividade não tem como objetivo apenas a paciente que tem a intenção de ter um parto normal. “Quando a gente recebe essa mulher, não sabe se vai ter parto normal ou cesariana. A gente vai trabalhar ela levando sempre em consideração o parto natural, porque todos os benefícios que vão ser incorporados nessa técnica pensando no parto normal vão ser válidos na cesariana também. Mesmo que ela não execute a força na hora do parto e a ação de toda musculatura pélvica durante o parto cesariano, ela precisa da recuperação dessa musculatura depois”, explicou.

Segundo a fisioterapeuta, quando se tem um trabalho de fortalecimento durante a gestação, a musculatura fica preparada apenas não apenas para o parto, mas também já está “educada” para ter uma resposta a um estímulo muscular pós-parto. “Então já tem uma musculatura preparada para continuar um trabalho com mais intensidade”, acrescentou Amanda Andrade.

A aula não precisa ser realizada só com gestante. Mas na uma hora de aula os exercícios são personalizados para as necessidades da aluna. Como no caso das gravidinhas o Pilates só é iniciado a partir do quarto mês de gestação, são apenas dois trimestres de atividades para se trabalhar com elas. A fisioterapeuta conta que, no primeiro, é passado para a paciente o princípio dos Pilates quanto a respiração e consciência corporal e fortalecimento. “Nesse primeiro trimestre a preocupação é essa: trabalhar a musculatura, fortalecimento e flexibilidade para aliviar o desconforto; trabalhar bastante a panturrilha para diminuir inchaços que vão aparecer ao longo da gestação. E a barriga ainda está no tamanho que favorece atividade com amplitude de movimento”, colocou a fisio.

Já no trimestre seguinte, quando a barriga já está de um tamanho que a mãe não consegue tanto essa amplitude, porque já “atrapalha”, é continuado o trabalho de flexibilidade, mesmo com as limitações, e muito mais a parte da respiração. Isso porque, explica Amanda, a complacência pulmonar da gestante já diminui. “Ela não consegue ter ventilação muito boa e vamos trabalhar a parte de membros superiores, porque agora ela vai está prestes a receber uma carga de cerca 3kg que vai ficar 24h por dia. Portanto, a mamãe precisa de todo um preparo para isso”.
Atividades que vão ajudar a evitar o desconforto e melhorar postura
A amamentação também é focada durante o Pilates. De acordo com a fisioterapeuta, são atividades que vão ajudar a evitar o desconforto, por causa da postura. “A gente ensina a mãe como amamentar melhor, a melhor postura. Também no Pilates precisamos ter toda essa preocupação a gente precisa ter no Pilates, para que ela tenha possa ter no geral uma forma postural mais adequada possível”, destacou Amanda Andrade.

É importante que na hora de decidir por alguma atividade física, especialmente durante a gravidez, faça-o somente depois de orientação médica e com profissional especializado na área. É mais segurança para sua saúde e, no caso, do bebê também! Espero que tenham gostado das dicas e informações.

Beijos

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Fotos: da fisioterapeuta Amanda, em plena atividade durante sua gestação

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