Algumas crianças reclamam muito, em determinada fase da vida, de dores nos membros, especialmente nas pernas. Segundo os especialistas, há várias denominações para essas dores. Entre elas, dor noturna benigna ou, a mais conhecida, dor do crescimento. É uma condição muito comum em crianças e não traz deformidade ou problemas ortopédicos e, felizmente, não é indicação de doença reumática futura.
A boa notícia é que dor em membros não é considerada uma doença, pois não traz dano em estruturas e não tem processo inflamatório, apesar de causar dor intensa nas pernas, principalmente à noite ou no final da tarde. No entanto, é importante, para que seja considerada uma condição benigna, que a criança acorde muito bem no dia seguinte, sem dor e sem mancar e não tenha febre ou inchaço nas juntas, e que ocorram períodos livres de dor. É mais comum essas dores aparecerem quando as crianças têm idade entre os dois e 14 anos. A duração tende a ser em média de dois anos.
A causa da dor é desconhecida. Ocorre principalmente em crianças mais ativas ou nas que tenham dias mais agitados. Pode estar relacionada a pequenas deformidades ortopédicas, como pés planos (chatos), fadiga e distúrbios emocionais. Crianças mais elásticas, ou mais flexíveis, que conseguem, por exemplo, colocar as mãos no chão sem dobrar os joelhos ou outras manobras que caracterizam a criança como hipermóvel, tendem a ter mais dores nas pernas.
Como as dores se manifestam?
A dor geralmente é forte, nas duas pernas, ocorrendo mais no período noturno e, em alguns casos, a criança pode acordar à noite chorando de dor. A dor dura de minutos a horas e é mais frequente nas pernas e nos joelhos. A criança pode se queixar, também, de dor no abdômen e na cabeça.
Não há alteração ao exame físico, como vermelhidão, inchaço ou febre. O exame físico deve ser normal, exceto, em alguns casos, pela presença de maior flexibilidade articular.
Exames de sangue ou de imagem, como radiografia, são normais e podem ser feitos quando a história ou exame físico não forem típicos, conforme a avaliação médica.
O tratamento, na crise, melhora com uso de compressas mornas, massagem manual suave e às vezes de medicações tipo acetaminofeno ou anti-inflamatório, como ibuprofeno. É melhor fazer a massagem nas pernas antes de a criança deitar, o que poderá ajudar para que ela não acorde com dor à noite.
É muito importante para o sucesso do tratamento que os pais prestem apoio psicológico e afetivo, com um bom suporte emocional. Para isto, devem estar convencidos que não se trata de uma doença, passando tranquilidade à criança. Pode ser dito a ela que é uma dor passageira devido à movimentação durante o dia. Devem ser estimuladas atividades físicas, podendo ser evitado os esportes de impacto neste período.
Os pais frequentemente preocupam-se com a associação de dores nas pernas com leucemia ou tumores ósseos. A característica da apresentação nestes casos é diferente da dor do crescimento, e o pediatra ou o reumatologista pediátrico saberão fazer o diagnóstico correto.
Beijos
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Fonte: Departamento Científico de Reumatologia da SBP
A boa notícia é que dor em membros não é considerada uma doença, pois não traz dano em estruturas e não tem processo inflamatório, apesar de causar dor intensa nas pernas, principalmente à noite ou no final da tarde. No entanto, é importante, para que seja considerada uma condição benigna, que a criança acorde muito bem no dia seguinte, sem dor e sem mancar e não tenha febre ou inchaço nas juntas, e que ocorram períodos livres de dor. É mais comum essas dores aparecerem quando as crianças têm idade entre os dois e 14 anos. A duração tende a ser em média de dois anos.
A causa da dor é desconhecida. Ocorre principalmente em crianças mais ativas ou nas que tenham dias mais agitados. Pode estar relacionada a pequenas deformidades ortopédicas, como pés planos (chatos), fadiga e distúrbios emocionais. Crianças mais elásticas, ou mais flexíveis, que conseguem, por exemplo, colocar as mãos no chão sem dobrar os joelhos ou outras manobras que caracterizam a criança como hipermóvel, tendem a ter mais dores nas pernas.
Como as dores se manifestam?
A dor geralmente é forte, nas duas pernas, ocorrendo mais no período noturno e, em alguns casos, a criança pode acordar à noite chorando de dor. A dor dura de minutos a horas e é mais frequente nas pernas e nos joelhos. A criança pode se queixar, também, de dor no abdômen e na cabeça.
Não há alteração ao exame físico, como vermelhidão, inchaço ou febre. O exame físico deve ser normal, exceto, em alguns casos, pela presença de maior flexibilidade articular.
Exames de sangue ou de imagem, como radiografia, são normais e podem ser feitos quando a história ou exame físico não forem típicos, conforme a avaliação médica.
O tratamento, na crise, melhora com uso de compressas mornas, massagem manual suave e às vezes de medicações tipo acetaminofeno ou anti-inflamatório, como ibuprofeno. É melhor fazer a massagem nas pernas antes de a criança deitar, o que poderá ajudar para que ela não acorde com dor à noite.
É muito importante para o sucesso do tratamento que os pais prestem apoio psicológico e afetivo, com um bom suporte emocional. Para isto, devem estar convencidos que não se trata de uma doença, passando tranquilidade à criança. Pode ser dito a ela que é uma dor passageira devido à movimentação durante o dia. Devem ser estimuladas atividades físicas, podendo ser evitado os esportes de impacto neste período.
Os pais frequentemente preocupam-se com a associação de dores nas pernas com leucemia ou tumores ósseos. A característica da apresentação nestes casos é diferente da dor do crescimento, e o pediatra ou o reumatologista pediátrico saberão fazer o diagnóstico correto.
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Fonte: Departamento Científico de Reumatologia da SBP