Há algum tempo, já vinha querendo e guardando no meu coração o desejo de me tornar uma doadora de medula óssea. Sempre vi e li reportagens falando sobre a doação, a importância disso, pois milhares de pessoas precisam de alguém compatível para que possa continuar vivendo. Pois, como disse, durante muito tempo fiquei querendo, querendo, mas sempre sem ir até o hemocentro para fazer isso.
Há alguns dias, assistindo ao telejornal, vi uma matéria contando a história de uma garotinha, a pequena Maria Luíza, de apenas 2 anos de idade, que está em tratamento contra um tipo raro de leucemia. Seus familiares e amigos próximos já fizeram o exame de compatibilidade, mas nenhum deu positivo. Foi então que a família e amigos se engajaram numa campanha para estimular e mobilizar o máximo de pessoas para que se cadastrem no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).
Era o que faltava para que eu, finalmente, tomasse uma atitude concreta. Na semana passada, deixei o que tinha para fazer e fui até o Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose), colher minha amostra de sangue que vai ser usada para me cadastrar no Redome.
Em função da compatibilidade genética, as chances de encontrar um doador compatível é uma em cem mil. Confesso que torço muito para que seja compatível com alguém. Ver o sofrimento de pessoas com leucemia que dependem, dependem mesmo, de outra pessoa para continuar vivendo, e vivendo com qualidade de vida, dá um gás e coragem para, se preciso for, enfrentar uma cirurgia para doar um pouco da minha medula.
Para doar
Para ser doador de medula óssea é simples. É preciso ter entre 18 e 55 anos de idade e gozar de boa saúde. Para se cadastrar, o candidato a doador deverá procurar o hemocentro mais próximo de sua casa, onde será agendada uma entrevista para esclarecer dúvidas a respeito das doações e, em seguida, será feita a coleta de uma amostra de sangue (10 ml) para a tipagem de HLA (características genéticas importantes para a seleção de um doador).
Os dados do doador são inseridos no cadastro do Redome e, sempre que surgir um novo paciente, a compatibilidade será verificada. Uma vez confirmada, o doador será consultado para decidir quanto à doação. Se ele tiver mudado de ideia, pode, tranquilamente, se negar a fazer a doação. O transplante de medula óssea é um procedimento seguro, realizado em ambiente cirúrgico, feito sob anestesia geral, e requer internação de, no mínimo, 24 horas. Toda cirurgia é custeada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A guerreirinha Malu |
Todos por Malu
Depois que não conseguiu entre as pessoas próximas um doador compatível, a família da pequena Malu decidiu iniciar uma campanha para estimular a doação de medula óssea. A campanha começou na cidade da menina, Tomar do Geru, no Sul de Sergipe, mobilizando os moradores, mas já se espalhou por outros municípios, formando uma verdadeira corrente do bem e de solidariedade. Foi criada também uma página no Facebook (https://www.facebook.com/todospormalu?pnref=lhc) onde todos podem acompanhar informações sobre Malu.
Atualmente, a garotinha está em tratamento contra a leucemia no Hospital do Câncer de Barretos, em São Paulo. É importante ressaltar que a campanha realizada pela família de Malu não solicita qualquer tipo de doação, principalmente em dinheiro, para o tratamento dela. Apenas estimula as pessoas a se cadastrarem no banco de medula óssea.
E qualquer pessoa, mesmo que não seja de Sergipe, pode ajudar nesse sentido. Basta ir até o hemocentro mais próximo, porque o cadastro dos doadores no Redome é nacional e, além de poder ajudar Malu, vai poder ajudar milhares de outras pessoas que também aguardam o transplante.
Então, vamos ajudar?
Beijos
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