Minha filha mais nova estava no oitavo mês de vida quando recebi a orientação do médico que precisava desmamá-la o mais rápido possível, pois precisava voltar a tomar medicação. Portadora de lúpus, a doença, que há algum tempo estava praticamente inativa, tinha voltado a se manifestar e eu precisava retomar os remédios. Para mim, embora não fosse a primeira vez (com minha filha mais velha também tinha acontecido a mesma coisa, só que no 10º mês), foi um choque. Em poucos dias (e faltando pouco para a Semana da Amamentação, atividade que todos os anos participo ativamente) tive que tirar minha ruivinha do peito.
E foi justamente durante a Semana da Amamentação, poucos dias depois que tinha desmamado minha pequena, que fiquei sabendo que muitos medicamentos são compatíveis com a amamentação e, inclusive, existe uma relação do Ministério da Saúde sobre medicamentos que seu uso não impede que o bebê continue tomando o leite materno.
Essa informação alguns médicos desconhecem. Nessa lista do Ministério da Saúde, elaborada pelo Laboratório Fiocruz, as substâncias estão classificadas de acordo com o grau de perigo que oferecem para a amamentação. É justamente esse desconhecimento que leva os profissionais a, normalmente, indicarem o desmame. Se você está amamentando ou conhece alguém que está e vive nessa situação, oriente a consultar essa lista disponível no endereço eletrônico: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/amamentacao_uso_medicamentos_2ed.pdf.
Na relação, os medicamentos são identificados como “uso compatível com a amamentação”, “uso criterioso durante a amamentação” e “uso contraindicado durante a amamentação”. Se a medicação indicada pelo médico da lactante estiver na lista como uso compatível e ele tiver orientado pelo desmame, imprima a informação da relação e converse com seu médico. Se for uma medicação contraindicada, veja também com ele a possibilidade de tratamento alternativo para não parar a amamentação.
Estar amamentando não significa deixar de ser medicada, da mesma forma que ser medicada não significa que a mamãe precise desfazer esse vínculo da amamentação com o seu bebê. Se eu tivesse tido essa informação antes, com certeza minha pequena teria mamando muito mais!
Beijos
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