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Usuários do Centro de Especialidade em Reabilitação realizam mostra de telas em Aracaju

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Arte, sentimento, imaginação e melhora na autoestima estão entre os benefícios observados quando os pacientes são estimulados a usar pincel e tinta. Considerando isso, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), promove a mostra “Pintando Sentimentos”, com exposição de telas retratadas por pais e usuários do Centro de Especialidade em Reabilitação (CER II).

A exposição contou com seis telas e celebrou o ano de 2019 com lutas e com a busca de melhoria da saúde física e mental. A expressão da arte através da pintura é uma possibilidade de exprimir a subjetividade do indivíduo e os efeitos benéficos são diversos, desde o alívio de tensões, enfrentamento a situações problemáticas, até o favorecimento na comunicação e o desenvolvimento de habilidades.


De acordo com a psicóloga do CER II, que criou e conduz as atividades do grupo, Lúcia Robertta Matos, nas telas os usuários registram parte do que não conseguem expressar na fala ou na comunicação motora.
Psicóloga Lúcia Robertta
“Falar dessa exposição nos dá muita felicidade. O grupo foi iniciado há dois meses e nosso encontro acontece semanalmente às quartas-feiras, aqui no ginásio do CER II. Em meio aos pincéis e tintas, trazemos experiências para mostrar as potencialidades de cada sujeito, independente das limitações decorrentes do quadro de reabilitação”, explicou.

Segundo a gerente do CER II, Milena Amaral, a ação pode ressignificar a vida na percepção dos usuários, pais e acompanhantes, pois proporciona troca de experiências, cooperação, descontração, apreensão de habilidades, além da estimulação do pensamento, linguagem, percepção e sensações.
“Fazemos o acolhimento utilizando as artes como meio de demonstrar sentimentos e pensamentos. É uma transformação de uma tela em branco para um reflorescer da autoestima, para a movimentação e colorido da mente, onde se movem dedos, mãos e almas”, enfatizou.


Participantes da exposiçãoJocácia Freitas, mãe do pequeno David, de sete anos, disse que o grupo de pintura está ajudando-a na comunicação com o filho. “Quando eu venho para o grupo me sinto bem. Se fico em casa, fico triste e desanimada, e aqui eu produzo e me distraio, melhora minha autoestima”, falou.

Para o senhor José Carlos Carvalho, com a pintura o tratamento fica bem mais leve. “Muitos já olham para a pessoa com deficiência e já acham que ela é incapaz de fazer qualquer coisa. Hoje a gente luta para que a sociedade entenda que a deficiência não é só uma limitação, uma dificuldade, mas também é uma barreira social. A partir do momento que você dá estímulo e oportunidade, nós podemos nos desenvolver plenamente”, disse.


A dona Josineide Barboza, que frequenta o grupo com seu filho Jhonatan, afirma que a pintura tem fortalecido a união de mãe e filho. “Através do grupo podemos ampliar o olhar em relação à doença, temos que pensar que a alegria, o bom humor, o sorriso e a felicidade, tudo isso, é saúde. Essa integração entre as pessoas em atividades sociais é uma forma para que todos possam sair da rotina do tratamento”, justificou.


Fonte: Ascom SMS

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