Difícil até para escrever, mas há dias que eu sei que quero, que preciso escrever sobre isso. Não consigo nem imaginar agora a dor que os pais dessas crianças que nos últimos dias morreram depois que foram esquecidas dentro de seus carros estão sentindo. Gente, deve ser uma coisa muito, muito dolorosa. É uma situação que ninguém NUNCA em sua vida pode imaginar que um dia pode viver.
Assistindo às matérias que passaram nos telejornais, fiquei tentando imaginar essa situação um pouco por dentro do que cada uma dessas famílias está passando. O que levou ao fatal esquecimento? O que sentiram quando se deram conta disso? E quando encontrou o filho esquecido? O que essa criança passou dentro do carro? Será que dormiram? Que tipo de agonia teriam passado durante as horas do esquecimento? E a dor da família na volta pra casa depois de tudo isso?
Difícil, muito difícil imaginar. Sei que é uma dor que só sabe quem teve a infelicidade de passar por esse momento. Mas tudo isso nos leva a uma reflexão: aonde vai nos levar essa vida tão corrida, tão estressante que temos levado, que muitas vezes nos faz agir como robôs programados para uma rotina de corre-corre? Ninguém, ninguém pode imaginar ou tentar especular o que teria levado esses pais ou mães a esquecer seus filhos dentro do carro.
Nesses últimos dias tenho lido muitos comentários nas redes sociais. Alguns tentando explicar o que poderia ter levado esses pais ao esquecimento. Outros prestando solidariedade às famílias. E alguns – infelizmente muitos – julgando esses pais. Gente, quem somos nós para julgar. Seja qual tenha sido o motivo que levou a isso, acho que a dor que esses pais estão passando, a culpa que irão levar para o resto da vida por terem sido responsáveis pela morte de seus filhos, o dano psicológico que terão por toda vida (sim, porque, com certeza, nunca mais elas serão as mesmas pessoas) já é sofrimento demais para uma pessoa. Isso, nem qualquer outra coisa, trará essas crianças de volta. Então, nada de julgamento.
Melhor que qualquer coisa, eu acho que o melhor é redobrar o nosso cuidado com nossos filhos. Ninguém sabe se isso poderia nos acontecer. Tenho certeza que pela cabeça desses pais nunca passou a possibilidade de que isso lhes acontecesse. Então, apenas alguns cuidados pode fazer com que isso nunca nos aconteça.
Para isso, o blog Conversinha de Mãe compartilha algumas dicas que recebeu sobre cuidados que se deve ter quando se transporta um bebê ou criança no carro.
- Deixe junto à cadeirinha da criança objetos que você não esquece tipo: bolsa, sacola da academia, chaves, celular etc.
- Peça à escola para lhe avisar quando a criança faltar logo no início. Na escola da minha filha, eles mandam logo um SMS dizendo que ela não compareceu.
- Deixe um brinquedo ao seu lado (no banco do passageiro) para você lembrar da criança. Há quem sugira até uma fralda de pano amarrada ao volante.
- Crie o hábito de abrir a porta traseira para ver se deixou algo, antes de sair do carro.
- Mantenha o carro fechado na garagem ou no estacionamento. Mantenha também as chaves e os controles automáticos do carro fora do alcance da criança. Uma criança pode entrar inadvertidamente e se trancar.
- Nunca, nunca, nem por um minuto, deixe a criança no carro sozinha.
- Use um daqueles espelhinhos retrovisores para ver a criança na cadeirinha no banco de trás do carro. Com ela, no movimento de olhar os espelhos do carro, a gente cria o hábito de olhar para o banco traseiro e, na hora que parar o veículo, não tem como deixar de ver quem está lá atrás. Eu uso e recomendo.
Ah, antes que alguém diga que isso é artifício de pais relapsos ou mesmo irresponsáveis – “pois, como é que vão esquecer o próprio filho dentro do carro?” –, digo que adotar esses cuidados não faz mal nenhum. Como disse anteriormente, infelizmente, ninguém está livre de uma fatalidade dessa acontecer.
Beijos
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