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A difícil e cuidadosa tarefa de dar remédio aos pequenos

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Minha pequena está esses dias doentinha. Por isso também minha ausência um pouco aqui do blog. É uma crise de amigdalite, mas pense como ela está molinha. A febre e a inflamação têm sido pesadas esses dias. Aí dessa vez não teve como fugir dos remédios. Mesmo com peninha, tenho que dar, porque a febre fica indo e voltando.

É uma luta fazê-la tomar os medicamentos. Os que têm gostinho doce, sabor de frutinha até vão. Mas o mais amargo... Nessa hora a gente, mesmo com o coração de mãe apertado, não dá pra ceder. Antes de dar cada um dos remédios converso com ela, explico que preciso dar porque senão a febre não passa, que precisa do outro remedinho para que a garganta possa melhorar e assim vai.

O pediatra Silvio Renan Monteiro de Barros, que é autor do livro “Seu bebê em perguntas e respostas”, orienta que deve ser assim. Segundo ele, os pais não devem mentir para a criança na hora de tomar remédio. Ele diz que é perigoso quando os pais convencem a criança a tomar o remédio dizendo que é um suquinho gostoso, em vez de dizer ao filho que é remédio para sarar a doença. Para ele, é preciso deixar claro para a criança que aquilo que ela está tomando é remédio e que só deve ser ingerido quando o papai ou mamãe der, jamais por conta própria.

Perigo
Os remédios são um grande risco para as crianças, quando deixados ao alcance delas. Um levantamento do Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo mostrou que as crianças de 1 a 4 anos são principais vítimas de intoxicação por medicamentos. Somente no primeiro semestre do ano passado, dos 600 casos de intoxicação, 25% foram de crianças nessa idade. Outros 8% dos casos foi entre crianças de 5 a 9 anos.

O colorido dos comprimidos de vários formados e os vidrinhos com líquidos com cheirinho de frutas são um atrativo aos olhinhos atentos e curiosos das crianças e precisam ficar fora do alcance delas. Qualquer vacilo pode fazer com que peguem e acabem ingerindo-os.

Caso isso aconteça, os pais ou adultos próximos devem manter a calma e procurar atendimento médico imediato. Deve-se evitar dar qualquer tipo de líquido à criança, pois pode ser mais prejudicial, pois pode potencializar o efeito da substância ingerida. Também não se deve provocar o vômito.

Então, todo cuidado, sempre, é pouco.

Beijos

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