Já falei sobre esse tema algumas vezes aqui no blog, mas hoje, diante do que passamos aqui em casa, escrevo com ainda mais vontade de alertar e ajudar outras mamães e papais a não passarem por esse susto. Rebeca, minha filha mais nova, está com 2 anos e 11 meses. Gosta muito de jujuba. Sempre comeu, sem nenhum problema. Hoje, ganhou um pacotinho da avó. Depois do almoço, pediu algumas. Tinha comido 3, que geralmente é a quota dela por dia, mas ficou cheia de discurso pedindo mais uma ao pai. Ele deu. Pouco temo depois a gente só escuta ela engulhando. Não estava perto de mim. E quando perguntei o que era e levantei do sofá para ver só escuto ela tossindo e meu marido vindo com a jujuba que ela tinha engolido e ficado engasgada.
Foi tudo muito rápido, mas tempo suficiente para ficar aflita, assustada, pensando o que fazer com ela engasgada. Graças a Deus, não foi nem preciso fazer aquelas manobras de desengasgamento que a gente vê em matérias na TV e em vídeos na internet. Meu marido só pegou ela e deu um tapinha nas costas e ela cuspiu, antes que ele precisasse deitar seu corpo com a cabeça para baixo, para poder colocar pra fora a jujuba.
Mas é sempre bom saber o que fazer nesses casos. Vocês sabiam que a sufocação causada pelo engasgamento é a primeira causa de morte, entre os acidentes, de bebês até um ano de idade? Mas esse risco continua grande até os quatro anos, porque é quando a criança fica muito exposta a esse perigo por causa da fase de exploração das coisas ao seu redor por meio dos sentidos.
Então, além de muita atenção, é importante alguns cuidados. Determinados objetos são um risco iminente estando próximo ou ao alcance de bebês e crianças. Na lista deles, moedas, grãos (como milho, amendoim e feijão), pequenas baterias, como as de brinquedos, e até mesmo alguns alimentos. A jujuba, por exemplo, outros tipos de bala, pipoca (que já tivemos por aqui também experiência desesperadora com ela), além de frutas, como uva, acerola, pitanga são alguns alimentos que requerem muita supervisão enquanto os pequenos comem, pelo perigo de se engasgarem e ficarem sufocados.
Mas, o que fazer quando a criança engasga? Primeiro de tudo (tentar) manter a calma. No caso de bebês, vejam algumas dicas:
Bebê consciente
- Posicionar o bebê de bruços em cima de seu braço e efetuar 5 compressões entre as escápulas (no meio das costas).
- Virar o bebê de barriga para cima em seu braço e efetuar 5 compressões sobre o esterno (osso que divide o peito ao meio), na altura dos mamilos.
- Tentar visualizar o corpo estranho. Se conseguir, tente retirá-lo delicadamente.
- Se não conseguir, repetir as compressões até a chegada a um serviço de emergência (pronto-socorro ou hospital).
Bebê inconsciente
- Deitar o bebê de costas em seu braço e liberar as vias aéreas (boca e nariz).
- Verificar se o bebê respira.
- Se o bebê não respira, efetuar 2 respirações boca-a-boca.
- Observar expansão torácica; se não visualizar movimentos respiratórios, repetir a liberação das vias aéreas e as 2 respirações. É muito importante, que, nesse caso, alguém chame o serviço de emergência (através dos telefones 192 ou 193) enquanto alguém faz as manobras.
Assista também a esse vídeo de Dr. Dráuzio Varella, onde explica como agir em engasgamento em bebês e crianças.
Beijos
Siga-nos nas redes sociais:
@conversinhademae (no Instagram)
@conversinhadmae (no Twitter)
Curta nossa página no Facebook: https://www.facebook.com/conversinhademae