Acho que não teve mãe ou pai que não tivesse ficado enojado ao ler matérias sobre os comentários nas redes sociais, semana passada, depois da exibição do primeiro episódio de um programa de culinária com participação de crianças, contra uma das participantes, uma garota de apenas 12 anos de idade. A enxurrada de comentários criminosos, feitos por pessoas doentes (só podem ser!), além de fazer-nos ficar de estômago embrulhado, deu uma noção de quanto nossos filhos estão expostos, todos os dias, mesmo não estando sendo expostos numa emissora de televisão para todo país.
Ao ler várias matérias sobre o assunto e ter o desprazer de ler também os comentários desses criminosos nojentos acendeu, acendeu não, começou a ficar piscando ainda com mais intensidade a luz do alerta que nós mães e pais devemos ter para proteger nossos filhos e filhas desses maníacos. E quando digo proteger não digo colocar numa redoma não, mas envolver as crianças nessa questão, mostrando a ele que, infelizmente, vivemos num mundo com pessoas ruins, doentes, que, lamentavelmente, não querem apenas o nosso bem.
É duro dizer isso, é difícil falar assim tão claramente, mas é a (triste!) realidade em que temos vivido. Se seu filho ou filha já entende, mesmo que minimamente essa questão, é hora de conversar abertamente (no nível de entendimento dele ou dela), alertar o que pode acontecer e como agir. Minha filha mais velha tem 9 anos. Já entende muita coisa, assiste TV, vê telejornais. Não vou blindá-la dessa realidade. Claro que coisas que exploram demais esses crimes não permito que ela veja. Mas, quando acontece de estar passando alguma matéria, procuro sempre conversar, mostrar porque a gente não pode receber ajuda e presentes de estranhos, que não pode deixar outras pessoas tocarem nela, que não pode aceitar convites nem que seja pra ir só ali rapidinho. Nada disso!
Infelizmente, esse alerta, hoje em dia, não pode ser feito apenas com relação a pessoas desconhecidas. As estatísticas mostram que a grande maioria dos abusos sexuais contra crianças e adolescentes tem como autor pessoas que a vítima já conhecia. Então, não é criar filhos mal-educados, que não se relacionam com as outras pessoas. No meu entendimento é precavê-los de um mal maior. Hoje, pouco me importa a opinião das outras pessoas que acharem que elas são deselegantes por não irem com todo mundo, por não aceitarem presentinhos desnecessários. Outro dia vi o depoimento de uma mãe relatando um caso de abuso num consultório médico, por um senhorzinho, daqueles que poderíamos, inocentemente, mandar nossos filhos chamarem de vovô. Mas na verdade era apenas – com o perdão da palavra – um safado travestido de bom velhinho.
Recebi esse vídeo, uma animação, com linguagem bem clara para crianças, que aborda como elas devem se se defender e saber o que são carinhos saudáveis e abuso. É um tema difícil, que nem toda mãe, pai, avós ou outros parentes e pessoas próximas das crianças têm facilidade de tocar, mas precisamos a aprender a de forma sutil, delicada e adequada começar (se ainda não começamos) ou intensificar essa que é também uma forma de educação para com nossos filhos.
O vídeo educativo foi feito pela rede Marista de Solidariedade e faz parte da campanha Defenda-se. Colorida e com uma linguagem infantil, a animação mostra situações de afeto recíproco entre crianças e adultos e os diferencia de abusos. A personagem do vídeo, Bia, também deixa clara a mensagem de sempre contar qualquer situação desse tipo para os pais ou para outra pessoa de confiança. Ela também fala para as crianças sobre o Disque 100, que recebe e encaminha denúncias de violações de direitos humanos.
Vamos compartilhar esse post, vamos viralizar esse vídeo para que nossas crianças não continuem sendo vítimas de abusos, que muitas vezes tentam se passar como se fossem apenas “carinho”.
Beijos
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