Se ao se deparar com essa pergunta a primeira resposta que lhe vem à mente seria que ela deveria ser lá pela primeira ou segunda semana de vida do bebê, saiba que você passou longe. Há muito, a recomendação dos especialistas é que essa consulta aconteça ainda no terceiro trimestre de gestação. Mas já?, podem pensar algumas pessoas. Sim! E a pediatra Izailza Matos, do Comitê de Aleitamento Materno da Sociedade Sergipana de Pediatria de Sergipe (Sosepe), essa consulta por volta do oitavo ou nono mês da gravidez tem como finalidade apoiar e ajudar as futuras mamães e papais no processo de cuidar do bebê e tirar dúvidas tão comuns.
Segundo a pediatra, essa consulta é indicada para todas famílias e deve ser realizada, de preferência, com a presença de ambos os pais e, se for de acordo de ambos, os avós também podem participar, até para tirar algumas dúvidas e evitar aqueles – tão comuns! – pitacos do dia a dia. O objetivo dessa consulta é justamente estabelecer a relação médico-família, coletar informações básicas, fornecer aconselhamento e informação, identificar e abordar assuntos de alto risco.
Durante a gravidez, a mãe acaba criando um vínculo forte com o obstetra, por conta das constantes consultas de acompanhamento da gestação. Quando o bebê nasce, muitas vezes a família ainda não tem uma referência de profissional que vai acompanhar, a partir de agora, recém-nascido. Por isso a importância dessa consulta. “Para que os pais tenham tempo disponível para expor suas necessidades, desejos e preocupações, bem como obter informações de cuidados com o recém-nascido”, disse Izailza.
Por isso é importante que, para essa consulta, os futuros papais levem por escrito as suas dúvidas e ansiedades com a chegada do bebê. Essa consulta também é fundamental para que estabeleça uma empatia com o profissional e a família, para que esta esteja segura do profissional que estará cuidando do seu bem maior. “A consulta pediátrica pré-natal é o momento perfeito para orientar e disponibilizar seu tempo esclarecendo dúvidas antes e depois do nascimento. Ela abre um canal de comunicação e estabelece um vínculo afetivo, com profissionalismo, entre os pais e o pediatra do bebê. É a hora de a família falar sobre seus medos, anseios e expectativas em relação ao bebê”, acrescentou a médica.
Não só sobre esse nível de relacionamento, a consulta pediátrica durante o pré-natal também tem como objetivo coletar informações básicas sobre o histórico familiar sobre alergias, distúrbios metabólicos, doenças neurológicas, incompatibilidade sanguínea, entre outros. É nessa consulta que o pediatra vai fornecer informação e aconselhamento aos pais e dialogar sobre as expectativas deles.
Uma das dúvidas mais comuns nessas consultas é com relação à amamentação. Especialmente quando se trata de mamães e papais de primeira viagem, as dúvidas são muitas. Por isso, disse Izailza Matos, esse é o momento de conversar com a mamãe sobre como deseja alimentar seu bebê, dar orientação e tirar dúvidas sobre a preparação das mamas para o aleitamento, abordar as vantagens da amamentação, a importância da pega e posicionamento correto para que se evitem transtornos que muitas vezes dificultam a amamentação, desmistificar crenças tão comuns ainda na nossa cultura e ressaltar a importância do aleitamento materno ainda na primeira hora de vida do bebê e a manutenção do aleitamento exclusivo até o sexto mês de vida.
“São muitas dúvidas que surgem nessa primeira consulta, tão fundamental para que possamos ir criando esse vínculo com a família, para que, depois que o bebê nasça, possamos continuar essa relação médico/família no consultório”, disse a pediatra.
Beijos
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