Esses casos de abuso sexual foram bem mais frequentes entre as meninas, atingindo 20,1%. Ou seja, uma em cada cinco já sofreu violência sexual. A taxa é duas vezes maior do que a observada entre os meninos (9,0%).
Na rede privada, houve mais relatos desse tipo de violência (16,3%) do que na rede pública (14,4%). Na comparação entre os grupos de idade, os estudantes de 16 a 17 anos apresentaram um percentual mais elevado deste tipo de ocorrência (17,4%, contra 13,2% entre os escolares de 13 a 15 anos). Os alunos da região Norte mostraram maior incidência desse tipo de violência (17,1%), com o maior percentual no Amapá (18,2%).
Entre os escolares que sofreram abuso sexual, 29,1% apontaram o(a) namorado(a) como o agressor; 24,8% apontaram amigo(a); 20,7%, um desconhecido; 16,4%, outros familiares; 14,8%, outras pessoas; e 6,3%, pai, mãe ou responsável.
Esses dados alarmantes demonstram o quanto é importante a orientação e a educação sexual. É preciso acabar com o tabu de que educação sexual é ensinar ou estimular as criança e adolescentes ao sexo. Como mães, pais e educadores é preciso ensinar meninas e meninos, desde cedo, o direito à intimidade do seu corpo, que outras pessoas não têm o direto e a liberdade de tocá-los sem seu consentimento e também para que não se sintam forçado a ceder.
A PeNSE 2019 entrevistou estudantes do 7º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio. O universo retratado pela pesquisa abrange 11,8 milhões de estudantes de 13 a 17 anos, dos quais 7,7 milhões tinham de 13 a 15 anos e 4,2 milhões, de 16 ou 17 anos. Os meninos são 5,8 milhões (49,3%) e as meninas, 6 milhões (50,7%). Nas escolas públicas, estudavam 10,1 milhões (85,5%) e nas escolas privadas, 1,7 milhão (14,5%).
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